Foto: Reuters Em nossos dias, a Copa do Mundo também tem o poder de reunir diferentes nações, concentrando multidões, em geral num país, para uma celebração que tem a intenção de estimular a paz e o convívio respeitoso entre pessoas e povos. O mundo ama futebol; e os brasileiros, então, o têm em alta consideração. Futebol faz o nosso país vibrar e é uma espécie de metalinguagem nacional, onde estão representados sentimentos, expectativas, angústias, dramas e lutas da nação. O brasileiro raramente é indiferente ao futebol e menos ainda diante da realização da Copa do Mundo em nosso território. As emoções sobem e se transfiguram em paixão. Mas, desta vez, estamos mais cientes de que a realidade do nosso país vai muito além da emoção dos jogos, das alegrias das vitórias ou tristezas por eventuais derrotas. Hoje a consciência está mais amadurecida e temos compreensão de que a construção de uma sociedade justa e igualitária extrapola os campos e as partidas de um campeonato mundial de futebol. A magia do futebol não enfeitiça a nação diante dos desafios que temos! Torcemos para a seleção balançar as redes, reconhecendo que alguns não o façam, mas torcemos mais ainda pelo Brasil. Esperamos que o Brasil seja campeão em campo e também fora do campo. Sabemos que o Brasil tem suas virtudes e problemas, como qualquer nação, e estamos desenvolvendo uma avaliação cada vez mais nítida da situação nacional. Mas não nos envergonhamos do nosso país, nem do nosso povo, apesar das questões ainda não resolvidas e da conturbada preparação deste Mundial. Não precisamos nos sentir inferiores por causa dos problemas que ainda temos para equacionar e afirmamos a nossa identidade fugindo da arrogância. O que esperamos é que o Brasil vá muito além da organização de uma Copa do Mundo e invista, cada vez mais, para melhorar a educação, a saúde e a segurança da população. Quando houver mais justiça social, menos corrupção, uma classe política mais qualificada e melhor distribuição de renda, então iremos cantar o Hino Nacional juntos com mais força ainda! Somos um povo acolhedor e nos alegramos em receber os visitantes de outros países. Os estrangeiros são bem vindos ao nosso país e esperamos que experimentem algo da boa alegria brasiliana e que conheçam as belezas naturais e os magníficos sabores do Brasil, mas sem envolver-se de modo nenhum na exploração sexual de crianças e adolescentes. O Brasil não é destino de turismo sexual! Não aceitamos que esta festa, que nos está custando tão caro, seja usada para fins escusos como o turismo sexual e a exploração de menores, nem que este momento festivo seja usado para fins que dificultem a vida da população e venham a destruir o patrimônio nacional. Queremos que esta festa seja marcada pelo bom convívio e respeito para com todos, sejam estrangeiros ou brasileiros. Amamos o Brasil como nação, igualmente reconhecida e constituída sob a benção dos céus, entre centenas de outras nações. Milhares de brasileiros são voluntários para cooperar com a organização do evento e outros milhares ajudarão espontaneamente aos estrangeiros e turistas. Mais do que oferecer uma festa e compartilhar a alegria momentânea da Copa do Mundo, porém, desejamos repartir os valores que identificam a nossa nação. Oramos que o Evangelho alcance e abençoe os milhares de visitantes que vierem ao nosso país e que estes levem de volta na bagagem ótimas lembranças do Brasil, mas, especialmente, a Paz permanente nos seus corações, para espalhá-la entre os seus povos, assim como ocorreu no Pentecostes dois mil anos atrás. Esperamos que a ocasião da Copa do Mundo sirva como plataforma de encontro e congraçamento dos povos da Terra, mas também para o Brasil dar um passo e crescer como nação. Oramos, pois, pela nossa nação, pelo seu povo e seus governantes, neste momento tão especial para todos nós. Oramos pelas nossas crianças e pelos desfavorecidos, para que sejam protegidos e experimentem segurança durante este período. E oramos que as diferentes iniciativas de tantas de nossas igrejas para estes dias tenham a marca do Evangelho e levem muitos a celebrar a vida nova em Jesus Cristo.
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A situação dos evangélicos em alguns países da AL
A reunião teve o momento para receber informes dos diferentes países participantes. Aqui destacamos algumas informações relevantes e sensíveis sobre alguns países:
Honduras, que recebeu os líderes latino-americanos, é um país pobre, com alta concentração de renda e com índices de violência com destaque internacional. Mas os evangélicos conquistam grande reconhecimento do estado e da sociedade porque envolvem-se em assuntos de educação, AIDS, dívida externa, justiça & paz, família & vida, proteção infantil (física e moral), reconciliação, etc;
Na Bolívia começam a aparecer casos de perseguição aberta a pastores que não se alinham com uma agenda contrária à família e à vida. Uma situação preocupante é que no país desaparecem três pessoas ao dia por causa do tráfico de órgãos;
Na Venezuela a liberdade religiosa está ameaçada. Os processos democráticos e as instituições políticas estão em desmonte;
No Peru as igrejas evangélicas (em sua maioria) caminham para uma ilegalidade, pois não alcançarão as 10.000 "firmas reconhecidas" necessárias para existirem. Uma agência missionária com atuação internacional para ser reconhecida, precisará ter mais de 120 missionários atuantes;
Na Colômbia, evangélicos estão muito envolvidos no processo de paz, reconciliação e no acompanhamento dos muitos presos, depois de tantos anos de conflitos internos;
Na Guatemala existe uma coesão interna para enfrentar a pobreza e injustiça social;
No Paraguai o golpe de estado foi reprovado por muitos líderes evangélicos, mas a ênfase do novo governo de enfrentar a corrupção, um mal histórico e institucionalizado, tem rendido apoio ao novo governo.
A reunião teve o momento para receber informes dos diferentes países participantes. Aqui destacamos algumas informações relevantes e sensíveis sobre alguns países:
Honduras, que recebeu os líderes latino-americanos, é um país pobre, com alta concentração de renda e com índices de violência com destaque internacional. Mas os evangélicos conquistam grande reconhecimento do estado e da sociedade porque envolvem-se em assuntos de educação, AIDS, dívida externa, justiça & paz, família & vida, proteção infantil (física e moral), reconciliação, etc;
Na Bolívia começam a aparecer casos de perseguição aberta a pastores que não se alinham com uma agenda contrária à família e à vida. Uma situação preocupante é que no país desaparecem três pessoas ao dia por causa do tráfico de órgãos;
Na Venezuela a liberdade religiosa está ameaçada. Os processos democráticos e as instituições políticas estão em desmonte;
No Peru as igrejas evangélicas (em sua maioria) caminham para uma ilegalidade, pois não alcançarão as 10.000 "firmas reconhecidas" necessárias para existirem. Uma agência missionária com atuação internacional para ser reconhecida, precisará ter mais de 120 missionários atuantes;
Na Colômbia, evangélicos estão muito envolvidos no processo de paz, reconciliação e no acompanhamento dos muitos presos, depois de tantos anos de conflitos internos;
Na Guatemala existe uma coesão interna para enfrentar a pobreza e injustiça social;
No Paraguai o golpe de estado foi reprovado por muitos líderes evangélicos, mas a ênfase do novo governo de enfrentar a corrupção, um mal histórico e institucionalizado, tem rendido apoio ao novo governo.
Assembléia Geral da WEA
Os representantes da Aliança Evangélica Mundial levaram uma convocação à participação da Assembléia Geral da WEA, que acontecerá em Seul/Coréia do Sul, de 18 a 26 de outubro de 2014. A WEA pretende reunir na Coréia delegações de 200 países, incluindo uma expressiva participação de jovens.
Os representantes da Aliança Evangélica Mundial levaram uma convocação à participação da Assembléia Geral da WEA, que acontecerá em Seul/Coréia do Sul, de 18 a 26 de outubro de 2014. A WEA pretende reunir na Coréia delegações de 200 países, incluindo uma expressiva participação de jovens.
Propósitos e Atuação da AEL
Os presentes à reunião de Honduras, definiram que o objetivo da AEL é o de ser um instrumento de unidade, representação, diálogo e cooperação entre as diferentes alianças dos países membros. Também estabeleceram que seu ministério se orientará principalmente para:
Os presentes à reunião de Honduras, definiram que o objetivo da AEL é o de ser um instrumento de unidade, representação, diálogo e cooperação entre as diferentes alianças dos países membros. Também estabeleceram que seu ministério se orientará principalmente para:
- Promover e defender os valores e princípios estabelecidos pela Palavra de Deus;
- Atuar em instâncias internacionais, como a voz representativa de seus membros;
- Pronunciar-se sobre assuntos de interesse comum das respectivas alianças e da sociedade;
- Fortalecer as Alianças Evangélicas membros e seus relacionamentos;
- Fomentar a cooperação entre os membros para alcançar os objetivos das alianças;
- Expressar a unidade espiritual, em testemunho conjunto e contribuir para a construção do pensamento teológico;
- Participar de fóruns e reuniões que se destinam a defender a liberdade religiosa, as causas da paz e da justiça e
- Equipar a Igreja para ser um agente de transformação sócio espiritual da sociedade.
Direção da AEL e apoio
A Assembléia reunida em Honduras escolheu sua "Junta Diretiva", apontando como Presidente da AEL o Pastor Alberto Solórzano, que é o presidente da Confederação Evangélica da América Central (CEDECA). Esta junta será composta por sete membros, representantes dos Hispanos nos EUA, do México, da América Central e Caribe, dos países Bolivarianos, do Brasil, dos países do Cone Sul e da Espanha. A composição da assembléia foi de uma liderança bastante pragmática, de idades variadas e de diferentes tamanhos e matizes de igrejas. Impressionante foi a disposição da equipe local, sempre tão disposta a servir.
A reunião de Honduras teve seu encerramento com o "ato fundacional" na noite do último dia de encontro. Na noite anterior o presidente da república já havia declarado sua admiração e compromisso com as causas dos evangélicos. No último dia foi o jovem vice-prefeito que deu seu emocionante testemunho pessoal do que o evangelho fez em sua vida em meados deste ano. Antes de terminar o encontro, os presentes ainda escutaram as saudações recebidas. Várias das lideranças continentais de grandes organizações e denominações manifestaram apoio ao passo dado.
A Assembléia reunida em Honduras escolheu sua "Junta Diretiva", apontando como Presidente da AEL o Pastor Alberto Solórzano, que é o presidente da Confederação Evangélica da América Central (CEDECA). Esta junta será composta por sete membros, representantes dos Hispanos nos EUA, do México, da América Central e Caribe, dos países Bolivarianos, do Brasil, dos países do Cone Sul e da Espanha. A composição da assembléia foi de uma liderança bastante pragmática, de idades variadas e de diferentes tamanhos e matizes de igrejas. Impressionante foi a disposição da equipe local, sempre tão disposta a servir.
A reunião de Honduras teve seu encerramento com o "ato fundacional" na noite do último dia de encontro. Na noite anterior o presidente da república já havia declarado sua admiração e compromisso com as causas dos evangélicos. No último dia foi o jovem vice-prefeito que deu seu emocionante testemunho pessoal do que o evangelho fez em sua vida em meados deste ano. Antes de terminar o encontro, os presentes ainda escutaram as saudações recebidas. Várias das lideranças continentais de grandes organizações e denominações manifestaram apoio ao passo dado.
Deus nos surpreendeu muito nestes dias.
Pelas reações posteriores, voltamos todos muito impactados porque fomos
surpreendidos pela graça de Deus.
Airton Härter Palm
representante da Aliança Evang. Brasileira
e agora membro da junta diretiva da AEL